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sábado, 28 de janeiro de 2017

Falta de acessibilidade é problema nas maiores cidades do Tocantins

Rampas de acesso são obstáculos por causa de ondulações e inclinação.
Só em Araguaína, 36 mil pessoas são portadoras de deficiência.


A falta de acessibilidade é problema nas três maiores cidades do Tocantins. Deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida enfrentam desafios de locomoção diariamente e dependem da ajuda de outros. Na região sul de Palmas, as dificuldades são encontradas até em avenidas comerciais.

Em Taquaralto, na Avenida Tocantins, o autônomo Welder Barbosa que se tornou cadeirante há dez anos, relata a dificuldade de locomoção. "As rampas são bem altas, e o acesso que tem a gente não é respeitado", conta.

No trecho da avenida, na região dos comércios, não existe nenhum tipo de sinalização que marque os pontos de acessibilidade e garanta a prioridade para pessoas com deficiência. "Nas poucas rampas que existem, as pessoas estacionam carros na frente e as lojas têm poucos acessos", conta.

Araguaína
Em Araguaína, na região norte do estado, os deficientes também enfrentam problemas diariamente com excesso de escadas e calçadas irregulares. No prédio da Prefeitura de Araguaína não existem vagas de estacionamento reservadas, rampas de acessibilidade ou elevador.
Rampas de acessibilidade se tornam obstáculos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Rampas de acessibilidade se tornam obstáculos
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


Após sofrer um acidente vascular cerebral, há sete anos, o aposentado, Marcos Andrade da Silva, com mobilidade reduzida encontrou dificuldade de locomoção na cidade.

Agora andando com a ajuda de muleta, ele conta que o problema começa na tentativa de estacionar o carro. As calçadas irregulares aumentam o risco de acidente. "A sensação é de indignação. Realmente o deficiente não tem o seu espaço e nosso direito é desrespeitado constantemente", reclama Andrade.

Uma lei federal criada no ano 2000 diz que em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou espaços públicos devem ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.

A Prefeitura de Araguaína reconheceu a falta de acessibilidade na cidade, mas disse que implantou um conjunto de ações desenvolvidas para eliminar as barreiras e estimular construções mais acessíveis. A Prefeitura não comentou sobre a estrutura do próprio prédio.

Gurupi
Em Gurupi, no sul do Tocantins, cadeirantes também enfrentam diversas dificuldades de locomoção. As próprias rampas de acessibilidade se tornam obstáculos, já que grande parte foi construída com muita inclinação ou ondulações. Enquanto isso, uma rampa sinalizada foi construída recentemente em um local onde não possui calçada.

Durante a reportagem, dois cadeirantes precisaram de ajuda depois de não conseguirem passar pela rampa. Em grande parte do trajeto, eles precisam se arriscar trafegando na rua junto com veículos.

Procurada, a Prefeitura de Gurupi informou que a responsabilidade pela conservação e manutenção das calçadas é do proprietário do imóvel que, por descumprimento podem ser multados.



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